Quando falamos de estratégias para crescer rapidamente no digital, podemos optar por um caminho mais clássico, identificado como ‘growth hacking’ (associado a formas pontuais de aumentar o crescimento que implicam marketing criativo, automatizações e análises de dados) e outra mais inovadora: o ‘growth engeneering’, que é um processo que se foca na otimização constante e no crescimento centrado no produto de cada empresa.
A forma como cada projeto opta por definir a sua estratégia, terá certamente um impacto diferente no seu negócio e resultados.
Atualmente, a forma como as empresas pensam, no que diz respeito ao seu crescimento estratégico, é alcançar rapidamente rentabilidade e garantir a sobrevivência da empresa. E, tradicionalmente falando, o crescimento nos mercados pode ser alcançado através de novos produtos nos mercados já existentes ou na entrada em novos mercados com produtos já existentes (ou novos).
Quando o mundo empresarial começou a ter os contornos que atualmente conhecemos, os executivos foram ensinados, desde logo, que existiam apenas três variáveis importantes para o sucesso de um negócio:
- Posicionarem-se de forma única numa indústria (desenvolvendo um negócio coerente);
- Criar algo que se distanciasse da concorrência feroz;
Claro está que estas estratégias ainda são válidas e relevantes, e funcionam para a implementação ou crescimento de uma empresa. No entanto, são estratégias mais lentas, dispendiosas e desatualizadas para as empresas atuais e digitais. Nos dias que correm, dispomos de um sem número de outras ferramentas que nos podem auxiliar a crescer e criar empresas – e é aqui que entra o termo de ‘growth hacking’ e ‘growth engineering’.
‘Growth hacking’ e ‘growth engineering’ – que conceitos são estes, afinal?
O ‘growth hacking’ é uma nova abordagem, enquadrada nesta “nova era digital”, pensada e otimizada para um crescimento rápido de diversas iniciativas empresariais. Este não é propriamente um termo novo, aliás, já vem sido falado desde 2010, no entanto, ainda se debate a sua viabilidade.
Pensando numa vertente de pensamento mais clássico, e como grande parte do mundo académico defende, este termo é identificado como paralelo ou cruzado ao conceito de marketing criativo, análise de dados, experimentação de dados e engenharia de automações em software.
Quando falamos do segundo termo em questão, ‘growth engineering’, este é, na verdade, um tópico que tem ganho cada vez mais tração no mundo dos negócios. Esta filosofia centra-se mais no produto em si e na sua evolução e experimentação contínua e não tanto nas estratégias de marketing criativo pontuais, que têm como propósito potenciar o crescimento de um produto existente.
Esta segunda escola de pensamento, chamemos assim, é, por assim dizer, um desenvolver de produtos e negócios combinado com um marketing baseado em dados e, paralelamente, ações baseadas nesses dados, tendo em conta o próprio produto, de uma forma contínua. A grande diferença entre uma e outra perspetiva é que a primeira se baseia num modelo de ações de marketing pontuais, sem planificação detalhada do desenvolvimento do produto e a segunda pensa no desenvolvimento do produto tendo como base o marketing de dados, de forma constante e contínua.
Haverá um conceito certo ou errado? Não. São perspetivas diferentes, que podem ser implementadas em conjunto, para otimizar o crescimento da empresa e seu negócio - mas existem timings específicos para cada uma delas. O hacking de crescimento é mais adequado para empresas em fase de arranque que ainda não se enquadram no mercado de produtos. Já as empresas que encontraram o seu lugar no mercado de produtos devem concentrar-se mais na engenharia de crescimento. E como podem as empresas tradicionais beneficiar de tudo isto? Devem explorar o conjunto de ferramentas existentes e começar a aprender, experimentar, testar o ecossistema digital.
O Digital+Sustainable Innovation Lab é o sítio que o poderá ajudar a perceber melhor esta dinâmica, ajudando-o no crescimento e sucesso do seu negócio com base nos seus conhecimentos e inovação e sustentabilidade digital.