O diretor da CATÓLICA-LISBON analisa como o mundo passou de um modelo de globalização para uma “blocalização”, uma luta entre blocos que só defendem os seus interesses. Num quadro destes, entende que a União Europeia tem de criar aliados sólidos, como o Canadá e a Austrália, e fazer alinhamentos táticos com a China, a Índia e o Brasil. Filipe Santos fala também da sua experiência como jovem emigrante, que deu aulas nos Estados Unidos e no INSEAD, em França, dos desafios que o ensino universitário enfrenta e das oportunidades que se abrem a Portugal neste novo quadro geopolítico. Sem esquecer que beneficiar dessas vantagens traz desafios, como a resolução do problema da habitação. Defende que “é preciso um investimento rápido e grande em habitação”, alertando ainda que “o problema da classe média é a carga fiscal muito elevada sobre o trabalho para rendimentos muito baixos”.

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