A semana passada, a CATÓLICA-LISBON, como habitualmente, foi a primeira Escola do país a abrir portas aos novos alunos de licenciatura, acolhendo 450 alunos a 1 de setembro. Dois dias antes recebeu 500 novos alunos de Mestrado, dos quais mais de 70% internacionais. Foi uma abertura de ano especial pois celebramos 50 anos de pioneirismo no ensino superior em Portugal. De facto, foi em 1972 que a Universidade Católica abriu pela primeira vez em Portugal um curso superior em Administração e Gestão de Empresas, momento fundacional da Católica Lisbon School of Business and Economics, hoje Escola de referência no top 1% das melhores escolas de gestão do mundo.
Foram 50 anos de permanente inovação e busca da excelência. Desde logo, um curricula inovador e rigoroso, lecionado por docentes experientes, com conhecimentos académicos e práticos de gestão e qualidades pedagógicas. Nos tempos quentes do pós-25 de Abril, com universidades públicas fechadas e passagens administrativas, na Católica trabalhava-se e aprendia-se sobre economia, gestão, ética e o Mundo. Na década seguinte, a Escola forma milhares de graduados em Gestão e Economia, que constituíram a espinha dorsal da revolução empresarial Portuguesa dos anos 80 e 90.
Depois, uma geração de professores portugueses que foram fazer doutoramento no Estrangeiro trouxeram para a CATÓLICA-LISBON conhecimento de gestão de nível mundial e abordagens pedagógicas e científicas novas. E reforçaram uma cultura de qualidade no ensino e investigação que perdura. Desde os anos 80 que os alunos avaliam todas as disciplinas e professores, procedimento hoje comum e que contribui para a melhoria contínua no ensino, mas que há 35 anos era raro. E há mais de 20 anos que a CATÓLICA-LISBON tem o melhor Centro de Investigação em Gestão em Portugal - CUBE, classificado pela FCT como Excelente, com investigação publicada nas melhores revistas científicas do mundo.
Nos anos 90, a CATÓLICA-LISBON foi pioneira na formação executiva em Portugal, contribuindo para capacitar diretamente os gestores e líderes das empresas portuguesas. Em 30 anos foram mais de 50 mil participantes que se graduaram dos cursos de executivos e trouxeram novos conhecimentos sobre gestão, estratégia, inovação, marketing, liderança, análise económica e ética para as suas empresas. A qualidade da formação é reconhecida internacionalmente e a escola ascende em 2022 ao TOP 20 mundial de formação executiva para empresas.
Os anos 2000 foram palco de um processo acelerado de internacionalização em que a escola se virou para o mundo. Contratou docentes internacionais, que hoje compõem 40% do quadro, e submeteu-se a exigentes processos de acreditação internacional e rankings. Os resultados não poderiam ter sido mais marcantes. Em 2007 a CATÓLICA-LISBON torna-se a primeira Escola Portuguesa a receber a Tripla Acreditação e a entrar no prestigiado ranking do Financial Times, palmarés que mantém até hoje e que menos de 0.5% das escolas mundiais têm.
Com o processo de Bolonha separa-se em 2007 as licenciaturas dos mestrados e a CATÓLICA-LISBON enceta um processo de crescimento e internacionalização dos Mestrados em Gestão e Finanças, que hoje estão no top 30 do ranking mundial. A escola é também pioneira em Portugal no lançamento do modelo de Mestrado Executivo para capacitar com grau académico os profissionais em Gestão.
Nos anos 2010 aprofunda-se mais o foco de investigação da Escola. Contratam-se várias gerações de Professores de craveira internacional que trazem conhecimento pioneiro para as suas aulas, numa verdadeira sinergia entre investigação e ensino, e lança-se também projetos marcantes de inovação e transferência de tecnologia, como o Patient Innovation ou o Smart City Innovation Lab.
Foram 50 anos a criar conhecimento e capacitar os profissionais da gestão em Portugal, reduzindo o crónico déficit português de qualificações da sua força de trabalho e atraindo e formando em Lisboa talento internacional de exceção. Lisboa tem potencial de se tornar um dos hubs mundiais de atração de alunos internacionais para o ensino superior e para a formação de quadros empresariais. Este é um setor de atividade de cariz fortemente exportador - os serviços não saem do país, mas os clientes internacionais vêm ao país receber o serviço - o que gera benefícios indiretos muito grandes para a economia portuguesa. E é um setor em que a atividade central é a desenvolvimento de talento, que é o recurso mais escasso das economias modernas.
Mas devemos ir mais longe do que ver as Business Schools apenas como polos de investigação e formação. As Business Schools, pela sua posição e credibilidade na sociedade, têm atualmente o papel e responsabilidade de serem agregadores e mobilizadores das empresas e empreendedores, criando consórcios e atuando em parcerias para promover o desenvolvimento económico e social das nações. A CATÓLICA-LISBON assume esse papel com naturalidade, dada a sua matriz fundacional e independência, mas também o assume com responsabilidade, empenho e criatividade. Portugal enfrenta enormes desafios de crescimento, produtividade e inclusão e a Escola está a atuar nas áreas chave. Nos últimos 3 anos criou o Center for Responsible Business para promover a liderança responsável, o PROSPER – Center of Economics for Prosperity, para melhorar o desenho e análise de políticas públicas, e lançou projetos mobilizadores com as empresas nas áreas de internacionalização, alinhamento com a agenda de desenvolvimento sustentável, saúde mental e gestão da água, bem como parcerias na área digital e de inovação no retalho.
Os próximos 50 anos serão ainda mais marcantes. Já em 2023, a CATÓLICA-LISBON continuará a inovar, lançando novos modelos educativos para profissionais usando tecnologias digitais e construindo um novo campus que permitirá o crescimento da Escola e criação das melhores condições para um ensino e investigação de excelência, duplicando a dimensão dos seus programas internacionais e fazendo de Lisboa um hub de atração e desenvolvimento de talento em gestão, economia e inovação. Continuará a ser uma Escola de dimensão humana em que cada aluno é uma pessoa a valorizar de forma personalizada. E continuará a ser uma Escola de rigor e excelência onde se trabalha com base científica para nos valorizarmos e criarmos valor para os outros através do conhecimento e ação. Mas será cada vez mais um polo mobilizador de projetos estruturantes e inovadores para desenvolver as empresas e criar um modelo Económico mais sustentável e inclusivo.
E, neste ano de aniversário, vamos encetar um programa de celebrações que focará no papel das lideranças éticas e responsáveis para o desenvolvimento de Portugal, pois acreditamos que as empresas e a iniciativa privada são motores essenciais para o progresso.
Filipe Santos, Dean da CATÓLICA-LISBON