Estimativas do NECEP apontam para recuperação do PIB no segundo trimestre , e que tenha compensado recuo do início do ano. Para 2025, afastam-se das estimativas do Governo.
Os economistas da Universidade Católica estimam que a economia portuguesa tenha crescido 0,7% no segundo trimestre face aos primeiros três meses do ano, compensando assim a quebra registada no arranque do ano.
Segundo o sumário da Folha Trimestral de Conjuntura, divulgada nesta nesta quarta-feira, 9 de julho, pelo Núcleo de Estudos Económicos da Universidade Católica (NECEP), a economia portuguesa terá crescido 0,7% em cadeia e 1,9% em termos homólogos, “compensando a contração de 0,5% em cadeia do trimestre anterior”.
Pelas contas do NECEP, a zona euro deverá ter crescido 0,4% no segundo trimestre, abrandando face ao trimestre anterior (quando avançou 0,6%). A confirmarem-se as estimativas, Portugal terá crescido mais do que a média dos países do euro.
O NECEP reviu ainda em baixa a estimativa para o crescimento do PIB português para o conjunto deste ano, esperando que avance menos 0,3 pontos percentuais. Agora, a previsão é que a economia cresça 1,7%, “na sequência da queda do primeiro trimestre que foi motivada por um deflator do consumo privado muito superior à inflação”, justificam os economistas.
Assim, o núcleo da Católica mostra-se menos otimista do que o Governo, que continua a apontar para um crescimento de 2,4% este ano , estando praticamente isolado na sua estimativa.
Para 2026 e 2027, o NECEP mantém os cenários de crescimento de 2% e 2,2%, respetivamente.
No entanto, os autores alertam que “os intervalos de previsão permanecem elevados”, devido à “incerteza em torno da evolução da economia mundial”, em particular da que decorre do impacto potencial das tarifas introduzidas e anunciadas pela administração norte-americana no início de abril.
Mas os economistas alertam também para alguns riscos em Portugal: “as atenções estão agora focadas nas alterações ao IRS e às políticas migratórias, que poderão ter consequências, não só de natureza orçamental, mas também na atividade económica e nos preços”, frisam.
Inflação acima dos 2%
No que diz respeito aos preços, o NECEP lembra que a inflação voltou a ficar acima dos 2% em junho (mais precisamente nos 2,4%, em termos homólogos), apesar de a variação em cadeia ter sido de apenas 0,1%.
Por isso, os economistas da Católica consideram que o processo de desinflação continua em curso, mas dizem que é “de esperar que o crescimento geral dos preços se mantenha acima da meta 2% em 2025, quer em Portugal, quer na Zona Euro”.
Assim, a Católica mostra-se mais pessimista do que o Banco de Portugal e o BCE, que esperam que a inflação fique abaixo da meta de referência, tanto em Portugal, como na Zona Euro, já este ano.
Os economistas da Universidade Católica estimam que a economia portuguesa tenha crescido 0,7% no segundo trimestre face aos primeiros três meses do ano, compensando assim a quebra registada no arranque do ano.
Segundo o sumário da Folha Trimestral de Conjuntura, divulgada nesta nesta quarta-feira, 9 de julho, pelo Núcleo de Estudos Económicos da Universidade Católica (NECEP), a economia portuguesa terá crescido 0,7% em cadeia e 1,9% em termos homólogos, “compensando a contração de 0,5% em cadeia do trimestre anterior”.
Pelas contas do NECEP, a zona euro deverá ter crescido 0,4% no segundo trimestre, abrandando face ao trimestre anterior (quando avançou 0,6%). A confirmarem-se as estimativas, Portugal terá crescido mais do que a média dos países do euro.
O NECEP reviu ainda em baixa a estimativa para o crescimento do PIB português para o conjunto deste ano, esperando que avance menos 0,3 pontos percentuais. Agora, a previsão é que a economia cresça 1,7%, “na sequência da queda do primeiro trimestre que foi motivada por um deflator do consumo privado muito superior à inflação”, justificam os economistas.
Assim, o núcleo da Católica mostra-se menos otimista do que o Governo, que continua a apontar para um crescimento de 2,4% este ano , estando praticamente isolado na sua estimativa.
Para 2026 e 2027, o NECEP mantém os cenários de crescimento de 2% e 2,2%, respetivamente.
No entanto, os autores alertam que “os intervalos de previsão permanecem elevados”, devido à “incerteza em torno da evolução da economia mundial”, em particular da que decorre do impacto potencial das tarifas introduzidas e anunciadas pela administração norte-americana no início de abril.
Mas os economistas alertam também para alguns riscos em Portugal: “as atenções estão agora focadas nas alterações ao IRS e às políticas migratórias, que poderão ter consequências, não só de natureza orçamental, mas também na atividade económica e nos preços”, frisam.
Inflação acima dos 2%
No que diz respeito aos preços, o NECEP lembra que a inflação voltou a ficar acima dos 2% em junho (mais precisamente nos 2,4%, em termos homólogos), apesar de a variação em cadeia ter sido de apenas 0,1%.
Por isso, os economistas da Católica consideram que o processo de desinflação continua em curso, mas dizem que é “de esperar que o crescimento geral dos preços se mantenha acima da meta 2% em 2025, quer em Portugal, quer na Zona Euro”.
Assim, a Católica mostra-se mais pessimista do que o Banco de Portugal e o BCE, que esperam que a inflação fique abaixo da meta de referência, tanto em Portugal, como na Zona Euro, já este ano.