A completar um ano de vida neste mês de abril, a Blanched integra nesta semana os “Negócios com Impacto”, o podcast da Rádio Renascença em parceria com a CATÓLICA-LISBON. Um projeto que nasceu da vontade de empreender e de, em simultâneo, criar uma resposta para o setor da restauração e para quem pretende uma carreira nesta área.

Rodrigo Ferreira tinha 21 anos quando, em resposta a uma oportunidade identificada, se lançou na criação de um projeto que se propõe revolucionar a forma como a restauração se conecta com os profissionais deste setor em Portugal. Enquanto startup de job marketplace da indústria da restauração “a Blanched procura ser uma ponte entre as ofertas de emprego, para full-time e part-time e as pessoas que procuram novas oportunidades de trabalho nesta área”, explica Rodrigo Ferreira, CEO e co-fundador da Blanched.

No processo de identificação da oportunidade à conceção da ideia, Rodrigo Ferreira e Pedro Costa, co-fundador da Blanched, beneficiaram da experiência deste último no setor da restauração, depois de se terem conhecido num evento de empreendedorismo. “Queríamos criar um produto rápido, ou seja, que realmente fizesse sentido para os restaurantes e pensámos inicialmente numa plataforma assente na lógica de facilitar os turnos na restauração”, conta Rodrigo Ferreira. Mas, acrescenta, “ao contactar com os clientes, percebemos realmente que existia uma oportunidade maior, e decidimos avançar também para a facilitação de respostas para necessidades do setor a full-time”.

De acordo com o antigo aluno do curso de MSc em in Management com especialização em Estratégia, Empreendedorismo e Impacto da CATÓLICA-LISBON, “em resultado ainda do impacto da COVID-19, o setor da restauração foi bastante afetado com uma falta de mão-de-obra devido ao abandono da profissão sem que muitos profissionais tenham decidido regressar ao setor”.

Ao criar uma espécie de bolsa de profissionais a Blanched veio assim posicionar-se como um negócio com impacto, para um setor que se debatia com questões relacionadas com o staff, como seja o absentismo e/ou a dificuldade em encontrar pessoas com qualificações. “Com o nosso produto que veio facilitar a contratação ou o suprimento de necessidades de mão-de-obra súbitas e até imprevistas, o proprietário do restaurante pode assim libertar-se para outras questões que se prendem mais com a gestão do espaço, dos fornecedores ou stocks, em resultado da simplificação do recrutamento”, reforça Rodrigo Ferreira.

A Blanched conta, presentemente, com 8 mil trabalhadores na sua base de dados a que os restaurantes aderentes podem aceder. Adicionalmente, a Blanched chega já a mais de 80 empresas relacionadas com a restauração, numa evolução tendente ao crescimento e, por isso, mesmo, está precisamente a recrutar jovens que pretendam integrar a equipa de vendas. Por outro lado, e porque este é um setor com muita mão-de-obra estrangeira, a Blanched está também a apostar no desenvolvimento de parcerias ao nível da formação, de modo a, por exemplo, vir a facilitar o acesso a cursos de português para iniciantes.

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