A CATÓLICA-LISBON foi Community and Education Partner do Management Summit Lisbon 2025, uma iniciativa promovida pela Agile Thinkers, empresa de formação e consultoria dedicada a impulsionar novas formas de trabalhar, pensar e aprender nas organizações. O evento anual internacional realizou-se em setembro, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), sob o mote “Value Creation”.
A iniciativa mobilizou líderes empresariais, académicos e especialistas para debater a necessidade de redefinir o conceito de criação de valor num contexto económico e tecnológico em rápida mutação, dada a centralidade crescente nas organizações da inovação, impacto social e sustentabilidade.
Enquanto parceiro, a CATÓLICA-LISBON contribuiu para o alinhamento dos debates com os Lisbon Principles for Value Creation, princípios estruturantes que orientam a investigação e a prática da escola de negócios que defendem uma gestão orientada para o propósito, a ética e o desenvolvimento de valor de longo prazo.
Esta colaboração ganhou expressão adicional com a participação do Professor Ekin Ilseven, que contribuiu para o debate sobre criação de valor e reforçou a ligação entre os Princípios de Lisboa e a investigação e ensino desenvolvidos pela escola, e com a participação de quatro alunos da CATÓLICA-LISBON, que integraram a equipa de voluntários do evento.
Os estudantes Marco Deininger (Graduate), Bugra Kufeci (Master in Business), Henrique Portela (Master in Management) e João Botelho (Bachelor in Management) acompanharam a logística das sessões, acolheram participantes e interagiram com oradores e representantes de empresas nacionais e internacionais. A experiência permitiu aos estudantes um contacto direto com debates atuais sobre liderança, governação e futuro do trabalho, complementando a sua formação académica e aproximando a teoria da prática.
Os testemunhos abaixo ilustram como esta colaboração se traduziu em oportunidades de aprendizagem concretas e como o Summit está a influenciar a forma como os nossos estudantes pensam a gestão e o seu futuro profissional.
Marco Deininger (Graduate):
“Ser voluntário no Management Summit deu-me perspetivas valiosas sobre a forma como a liderança está a evoluir nas organizações modernas. Uma das principais aprendizagens foi perceber que a liderança atual deve centrar-se menos em dirigir e mais em capacitar os colaboradores para agir com confiança e autonomia. Quando as pessoas têm espaço para desenvolver ideias que surgem da sua própria experiência e dos desafios do dia a dia, assumem maior responsabilidade e compromisso. Isto contrasta com os modelos tradicionais de liderança, em que os gestores decidem e os colaboradores se limitam a executar. Abordagens tão hierarquizadas tendem a limitar a motivação e a criatividade, reduzindo a produtividade. Com o rápido avanço da inteligência artificial, a produtividade individual está já a aumentar, o que facilita a implementação autónoma de ideias. Este contexto reforça a importância de dar às equipas um propósito claro e liberdade para inovar, em vez de depender de processos rígidos e decisões tomadas de cima para baixo.
Assim, a liderança torna-se menos um exercício de controlo e mais um trabalho de criação das condições certas para que as pessoas floresçam.”
Bugra Kufeci (Master in Business):
“Depois de ter participado como voluntário no Management Summit 2025, saí do evento especialmente motivado. Um dos pontos mais enfatizados foi a necessidade de abandonar a tradicional hierarquia top down. Uma sessão particularmente marcante abordou a transformação dos líderes em coaches capazes de remover obstáculos e criar um ambiente de confiança em torno de um objetivo comum para as equipas. Foi um lembrete de que resultados criativos e sucesso surgem com mais facilidade da confiança do que de um controlo rigoroso.
Percebi também que equipas pequenas e bem estruturadas conseguem alcançar resultados extraordinários quando dispõem de um objetivo claro e autonomia para tomar decisões. Em comparação com práticas rígidas e de micromanagement, esta abordagem revela-se muito mais humana e eficaz. Tudo indica que construir um futuro assente na confiança e num propósito partilhado é essencial, e esta ideia despertou em mim várias reflexões que pretendo explorar nos meus estudos na CATÓLICA-LISBON e ao longo da minha carreira profissional.”
Henrique Portela (Master in Management):
“Recentemente tive a oportunidade de ser voluntário no Management Summit, e um dos principais destaques para mim foi conhecer abordagens muito diferentes à gestão de equipas. Andrew Holm partilhou uma ideia bastante interessante sobre a existência de equipas unipessoais totalmente independentes, que gerem as suas próprias finanças e decisões apenas com base num guia criado por si. Apesar de este modelo ter funcionado na sua empresa, tornando-a muito mais eficiente do que quando tinha equipas maiores, considero-o pouco realista para organizações de média ou grande dimensão.
Por outro lado, o Professor Luís Lages apresentou a Value Creation Wheel, que me pareceu muito prática e aplicável a qualquer empresa. Esta metodologia ajuda as equipas a tomar melhores decisões, trabalhar de forma mais eficiente e evitar problemas de comunicação. Ouvir estas duas perspetivas deu-me muito em que pensar sobre a forma como as organizações estruturam o trabalho em equipa e fez-me perceber a importância de ajustar as estratégias de gestão à escala e às necessidades de cada empresa.”
João Botelho (Bachelor in Management):
“O evento foi uma excelente oportunidade para explorar diferentes áreas de negócio e ouvir diretamente profissionais que lidam com estes temas diariamente. Aprendi muito com as suas perspetivas, adquirindo conhecimentos sobre gestão, inovação e estratégia que me ajudaram a ligar a teoria à prática de forma mais clara e significativa.
Foi igualmente muito valioso conhecer e interagir com profissionais experientes. Os seus conselhos e histórias motivaram-me, e acredito que as aprendizagens que retiro desta experiência me irão orientar no futuro.”