Esporão desafiou Universidade Católica para elaborar estudo sobre adoção de um estilo de vida slow. Dificuldade em abrandar é uma das conclusões.

“Vivemos no tempo da pressa. Crescemos depressa. Trabalhamos depressa. Comemos, bebemos, dormimos depressa. Esquecemos depressa o que vemos depressa. E quando lemos, lemos depressa. Amamos depressa. Fartamos depressa. (…) Depressa é à pressa”. Este é apenas um excerto do manifesto que dá vida ao novo posicionamento do Esporão, produtores de vinho e azeite, com projetos de enoturismo.

Deste movimento nasceu a maisdevagar.pt, “uma plataforma para dar voz às pessoas e aos projetos que abrandar é a chave para progredir. Uma casa para ideias, pessoas e projetos globais”, explicam.

Neste desafio de abrandar entrou também a Universidade Católica Portuguesa, que desenvolveu um estudo sobre um estilo de vida mais tranquilo em Portugal. Percebeu-se que as pessoas que adotam mais intensamente estilos de vida slow diferem das restantes pessoas nos níveis de otimismo, baixo stress, estilo de vida saudável, equilíbrio de vida, tempo livre e capacidade de concentração. Por outras palavras, quem abranda é mais feliz.

E entre todos os dados, o maior destaque está nas horas diárias despendidas a trabalhar, se um adotante ligeiro do movimento slow trabalha cerca de 7h30 por dia, um adotante intensivo não chega a cumprir seis horas, talvez por isso durmam mais, passam mais tempo a preparar refeições, em atividades ao ar livre e de lazer. Por outro lado não veem tanta televisão, gastam menos tempo em tarefas domésticas e viajar para o trabalho ou escola/universidade. A análise sugere ainda “que as pessoas têm dificuldades em abrandar as suas tarefas do dia-a-dia”.