A Unidade de Investigação em Economia e Gestão (CUBE) da CATÓLICA-LISBON foi fundada em 1997 e, desde então, tornou-se numa unidade de investigação madura e com impacto na sociedade. Tem recebido de forma constante a classificação de "Excelente" da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e tem como objetivo estar entre os grupos de investigação de topo na Europa.

Um dos principais objetivos do CUBE é criar um ambiente propício à investigação de ponta, quer estejamos a falar de publicações académicas, projetos científicos, iniciativas educativas ou serviços científicos. A Unidade esforça-se por trabalhar com a máxima qualidade e impacto que é possível. Como reflexo deste esforço, os membros investigadores do CUBE têm publicado continuamente os seus trabalhos em revistas de prestígio em todo o mundo.

Em abril de 2023, Wilson Bastos, Professor Associado de Marketing na CATÓLICA-LISBON, foi nomeado para ser o novo Diretor do CUBE. A investigação do Professor centra-se em compras experienciais Versus compras materiais; felicidade; partilha verbal de consumidor para consumidor (word-of-mouth) e branding. O Professor traz também para o CUBE a experiência de gestão em empresas, onde esteve no Monaco International e na Black & Decker/DeWALT.

Leia abaixo a entrevista ao novo Diretor da Unidade de Investigação em Economia e Gestão da CATÓLICA-LISBON:

Como investigador que se debruça em temas como a felicidade, o que pensa que pode trazer da teoria para a prática na gestão dos investigadores e dos membros do CUBE? 

É sempre interessante refletir sobre a forma como se pode utilizar os resultados da investigação para o bem das organizações e da sociedade em geral. Fico contente por ver que os investigadores do CUBE estão frequentemente a gerar este tipo de conhecimento com impacto. No que diz respeito à investigação sobre a felicidade, sabemos que ter um sentido de finalidade e de procura por um objetivo significativo é fundamental para a satisfação no trabalho. Além disso, grande parte da nossa felicidade advém do facto de termos relações sociais saudáveis. Paralelamente, as pessoas sentem felicidade quando sentem que têm um impacto positivo nos outros. Os membros do CUBE são fortes em todas estas dimensões e, como eu também acredito nelas, posso ajudar a reforçar as suas convicções. Isto deverá conduzir a uma maior satisfação dos membros e dos investigadores da CUBE.

Quais são, na sua opinião, os principais pontos fortes e desafios da CUBE?

Estou muito satisfeito por me juntar à equipa do CUBE. Trata-se de um grupo de pessoas experientes que têm ajudado o CUBE a alcançar muitos objetivos desde a sua criação em 1997. Por exemplo, o CUBE tem sido fundamental para a produtividade dos investigadores da Católica-Lisbon. Os nossos mais de 70 investigadores, provenientes de 14 nacionalidades diferentes, produziram conhecimento de alto nível durante anos. Se considerarmos, por exemplo, o período entre 2020 e 2022, os nossos investigadores publicaram 101 artigos científicos em revistas internacionais com revisão por pares. É importante salientar que este conhecimento representa um potencial para a melhoria de empresas, do governo e da sociedade em geral. Isto porque há pessoas a fazer investigação em todos os tipos de áreas relevantes, incluindo o bem-estar dos consumidores, o comércio a retalho, as empresas e a liderança responsáveis, as inovações tecnológicas e sociais, a conceção de políticas e a sustentabilidade, para citar apenas algumas. E aqui está um ponto interessante: só conseguimos produzir esta quantidade de conhecimento de alta qualidade porque os líderes empresariais e governamentais nos confiam os seus fundos. Estamos extremamente gratos a um grande número de instituições, incluindo a FCT, o POAT, o PRR, a Universidade Canergie Mellon, a Fundação Patrick & Lina Drahi, a BP e a EFACEC, a LA CAIXA, a VdA, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Bondstone, a Fundação Francisco Manuel dos Santos, a Jerónimo Martins, a Delta, a GALP ENERGIA, SA. e o SANTANDER. Uma das principais tarefas do CUBE é gerir de forma responsável os valiosos recursos que estas instituições privadas e governamentais nos fornecem. E este não é um processo simples, mas é um processo em que o CUBE prosperou. E a equipa está entusiasmada por continuar a melhorar. É especial trabalhar com uma equipa com tanta experiência e historial. Quaisquer que sejam os desafios que surjam, estamos confiantes de que podemos enfrentá-los.

Ser diretor do CUBE significa conciliar a investigação e o ensino com as tarefas de gestão. Quais foram as suas motivações para aceitar este papel?

Trata-se, acima de tudo, de pegar no testemunho dos meus antecessores e tentar contribuir para a instituição, assim como eles também o fizeram. Obviamente, a investigação é uma componente fundamental da escola, por isso, envolver-me mais diretamente nesta área é algo apelativo para mim.

Que impacto espera ter como diretor do CUBE?

O meu objetivo é desenvolver o que já foi feito antes de mim. Isso inclui melhorias contínuas na atração e utilização produtiva dos recursos de investigação, na prestação de contas aos nossos parceiros, na facilitação da produtividade da investigação e na divulgação das realizações de investigação dos nossos membros. Também me é importante que cada pessoa da minha equipa seja reconhecida pelas suas realizações e encontre um sentido de propósito no que faz. Quero que sintam que o seu trabalho tem significado. O trabalho é uma parte importante das nossas vidas e um ambiente de trabalho positivo só pode ajudar a tornar a vida um pouco mais feliz. Isso é algo deveras importante para mim.

Wilson Bastos, o novo diretor do CUBE, trabalha em estreita colaboração com o Gabinete de Gestão, que promove a transferência de conhecimentos e comunicação científica; apoia a fase de candidatura de projetos científicos a financiamentos nacionais e internacionais; gere projetos e coordena recursos humanos. Paralelamente, o gabinete coopera no planeamento estratégico e na elaboração de relatórios; coordena eventos como seminários e conferências de investigação e recebe investigadores visitantes.