A maior parte da carreira da investigadora Ana Isabel Costa, da unidade de investigação CUBE tem-se focado nos comportamentos alimentares - não apenas naquilo que as pessoas comem, mas, mais importante, na forma como o comem. Um dos focos da sua investigação tem sido as dinâmicas ao redor de cozinhar em casa: um comportamento que, sugerem estudos recentes, está associado a melhor dieta e bem-estar familiar. O desafio que se coloca então é: como podem as pessoas ser persuadidas a cozinhar mais em casa? 

“Numa irónica reviravolta dos acontecimentos,” escreve a investigadora na apresentação do seu novo projeto, “Make Do”, “foi o Covid-19 que melhor respondeu a este desafio, estando agora a forçar milhões de pessoas no mundo inteiro a ficarem em casa e a lidar o melhor que podem com as tarefas intimidantes de planear refeições, adquirir alimentos e cozinhá-los nas próprias casas, todos os dias, em circunstâncias muito difíceis”. 

O projeto “Make Do”, iniciado por esta investigadora do Food Behaviour Lab da Católica Lisbon School of Business and Economics, em conjunto com as investigadores Cláudia Simões e Ana Rita Farias e com a colaboração do Painel de Estudos Online - PEO, pretende compreender como é que as pessoas se estão a desenvencilhar (“making do”) na cozinha lá de casa neste período de circunstâncias extremas, que inclui restrições à mobilidade exterior, incerteza na disponibilidade de alimentos, e opções limitadas de compra de refeições fora de casa. 

O “Make Do” irá estudar as mudanças a curto e a longo prazo observadas nos comportamentos de preparação de refeições nos lares Portugueses no rasto do Covid-19. Saiba mais sobre o trabalho a ser feito pelo Food Behaviour Lab aqui, e leia mais sobre os estudos planeados para o projeto “Make Do” na página Science4Covid-19 da FCT.